“Conta a história de uma família que passa muita necessidade”. A descrição simplificada é do cineasta amador Antoniel Abreu, 21 anos, sobre seu sétimo longa-metragem, ‘O Perdão’, que será lançado na noite desta segunda-feira, 30, às 20h, na Vila São José, em Oeiras.
Antoniel conta que o filme retrata uma história real, vivenciada por um conhecido. “Esse filme surgiu da história de um colega meu do interior. É emocionante”, garante o cineasta, adiantando que o longa tem cenas gravadas no Mercado Municipal Dona Lili e no Povoado Talhada, na zona rural do município.
Oito atores – a maioria moradores da Vila São José, onde Antoniel reside – integram o elenco do filme, que começou a ser rodado em novembro de 2016 e só em junho deste ano foi finalizado. “Os atores são todos voluntários. Eles fazem porque querem ajudar”, diz.
O cineasta estima que tenha gasto em torno de R$ 400 na produção e divulgação do longa. “A gente gasta muito para produzir, mais com o combustível. Passamos de loja em loja pedindo patrocínio, mas é difícil demais”, relata Antoniel, que atua, dirige, roteiriza e produz seus longas.
Após o lançamento, a película estará disponível em DVDs, vendidos por R$ 3, a unidade. “Soube que meus filmes já estão sendo vistos até no Maranhão. É muito bom quando isso acontece”, comenta Antoniel, sobre o alcance de sua obra.
O filme também será exibido em sessão especial na Praça da Juventude. A data da exibição ainda não foi definida. Antoniel conta que buscou apoio da Secretaria Municipal da Juventude, que cedeu equipamentos de projeção para o lançamento do longa.
Mais de 100 mil visualizações na internet
Com tomadas amadoras, sem o glamour das produções hollywoodianas, os longas gravados em Oeiras fazem sucesso na internet. Dois deles – ‘No tempo do Chifre’ e ‘Abreu e suas três mulheres’ – já somam mais de 100 mil visualizações no site Youtube.
Fã declarado do cineasta maranhense Cícero Filho, Antoniel também é responsável pela produção de ‘Zaion’, ‘Panelinha do Amor’, ‘Só se for agora’ e ‘Zé Galinha’, filmes que, segundo ele, seguem o mesmo estilo do idealizador de ‘Ai que vida!’ (2008). “Me inspiro muito nele”, conclui Antoniel.